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Mulheres quebram barreiras e se tornam pilotos na Índia

O número de mulheres no automobilismo vem crescendo nos últimos anos. Na Índia, não poderia ser diferente. Em reportagem especial, mostramos como quatro delas estão deixando suas marcas na Ásia

Neha Dabas

Foto de: Volkswagen Motorsport

Sneha Sharma
Mira Erda
Mira Erda
Neha Dabas
Ria Dabas
Ria Dabas
Ria Dabas
Ria Dabas

O automobilismo indiano ainda está em fase de desenvolvimento, mas já é possível ver um grande número de pilotos locais competindo em eventos internacionais. Ao mesmo tempo em que é um esporte predominantemente masculino, nesta temporada, pela primeira vez, o país assiste a quatro mulheres pilotarem em grande estilo em diferentes categorias.

Neste quarteto fantástico, cada uma tem as suas próprias histórias para contar, enquanto continuam os esforços para viverem os seus sonhos no automobilismo.

O quarteto fantástico é formado por Sneha Sharma e Mira Erda, que competem pela JK Tyre Formula LGB. A última também atua na JK Tyre Rotax Karting. Junto delas, as irmãs Neha e Ria Dabas elevam o nome da família na categoria de turismo Volkswagen Vento Cup.

Sneha começou a correr em 2007, mas desistiu para fazer carreira em um ramo diferente: ser piloto de avião cargueiro. Ela voltou a correr em 2014, e desde então acumula as duas profissiões. Velocidade está no seu sangue, seja nas pistas ou no ar.

Mira começou a correr em 2010 e já venceu diversos campeonatos nacionais e internacionais no kart. O foco agora é se desenvolver em monopostos.

As irmãs Neha e Ria começaram a correr em nível profissional apenas este ano. Aos 24 anos, Neha é apaixonada por esportes. Ela é uma jogadora de basquete de nível nacional, e também compete em provas de natação e atletismo.

Por que correr?

Sneha, que admira Ayrton Senna e Lewis Hamilton, diz que a velocidade a “fascina”. Sua paixão por correr é o que faz pilotar máquinas na terra e no céu. Para provar ao mundo que mulheres também podem competir no automobilismo, Mira começou a guiar aos 9 anos:

“Quando eu era pequena, eu botei na cabeça que queria ser piloto. Eu queria viver minha paixão e provar para as pessoas que elas estavam erradas em achar que o automobilismo era um esporte de meninos”, disse Mira.

Para as irmãs Dabas, carros e motos sempre foram alvo de grande interesse. O pai delas, um ex-piloto de caça da força aérea local, as ensinou a dirigir e incentivou a futura carreira nas pistas.

Dificuldades

Nada é conquistado sem esforço. E nas pistas a relação com os pilotos é, por vezes, complicada. Muitos deles não aceitam perder para as mulheres.

“Frequentemente, eu sou a única piloto nas pistas e alguns pilotos não gostam da nossa presença. Eles definitivamente não gostam de perder para uma mulher ou até mesmo trabalhar para uma de nós”, disse Sneha. “Mas com o passar do tempo eu aprendi a lidar com isso, e uma vez que estamos de capacete, não somos nada além de um piloto como todos os outros.”

“Meus concorrentes me desmoralizam com comentários e tentam me desconcentrar durante as corridas. Muitas vezes, me empurram para fora das pistas nas provas. Mas eu sempre fico calma e tento focar na corrida. Quando eu estou na liderança, eu penso que provei que as pessoas estavam erradas”, afirmou Mira.

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