Últimas notícias

Kanaan prevê prova de sobrevivência em Indianápolis

Fato de ninguém ter competido com o carro novo por horas seguidas, aliado ao calor, faz brasileiro crer que qualquer um pode vencer

Tony Kanaan a bordo do novo carro da Indy, o DW12

Único piloto na centenária história da Indy 500 a liderar voltas em sete edições consecutivas do evento, Tony Kanaan antevê uma corrida de sobrevivência neste domingo.

“Está tudo muito aberto”, resume o piloto baiano. “São carros novos, motores novos.... Vai ser a primeira corrida em pista oval no ano. Das equipes, nenhuma têm experiência no oval ainda com a durabilidade do carro. A gente ainda não fez uma corrida de 500 milhas com esses motores, então é uma coisa que qualquer um vai ter chance de ganhar”, disse Tony aos jornalistas brasileiros presentes no media day em Indianápolis.

A edição deste ano das 500 Milhas terá um gostinho diferente até para o piloto mais experiente do grid, por conta do novo equipamento utilizado a partir deste ano. O DW12, desenvolvido por Dan Wheldon, possui um desenho aerodinâmico que "gruda" o carro no chão e o impede de decolar voo e atingir as cercas de proteção a mais de 300km/h, principal fragilidade do modelo antigo que, curiosamente, provocou o acidente fatal de Wheldon.

Além disso, a entrada da Honda e da Lotus ao lado da Chevrolet na parte dos motores torna ainda mais indecifrável o jogo de adivinhação sobre o favoritismo, que em Indianápolis tem a tradição de ser imprevisível. "Está tudo muito aberto. Carros novos, motores novos, primeira corrida em ovais. Ninguém tem experiência da durabilidade do carro, do motor. É uma corrida que qualquer um terá chance de ganhar", atesta Tony.

Mesmo enfatizando o fator imprevisibilidade, o piloto do carro #11 se diz otimista. “O carro está bom. A gente trabalhou bastante no acerto de corrida durante o mês.” Ele antecipou ainda que vai usar a última oportunidade antes da bandeira verde para aprimorar alguns detalhes. “Tenho algumas ideias para o treino de amanhã visando a corrida”, acrescentou, sobre o carb day desta sexta-feira.

Outro fator de “sobrevivência” destacado por Tony é alta temperatura esperada em Indianápolis na hora da prova –a previsão indica que pode superar 35ºC.  “Vai ser um dia muito quente. O calor influencia em tudo, na performance do motor, o ar fica um pouco mais fino, o carro perde um pouco de pressão aerodinâmica, os pneus vão gastar mais rápido...”

Dentro desse cenário, ele já sabe o que precisa fazer para tentar sua primeira vitória no evento: “A gente vai ter que ter muita cabeça para guardar bem o equipamento até o último pit-stop e daí pra frente falar “agora é a hora de ir”. Realmente não é um clima favorável”.

Do ponto de vista físico, ele aponta até que pode tirar proveito dessa situação, uma vez que é um dos competidores de melhor preparo físico na categoria. “Mas outros pilotos sem a mesma condição vão sofrer mais.”

O brasileiro finaliza citando a solução mais óbvia –e a mais eficaz para lidar com o calor: “Não é segredo pra ninguém. Muita hidratação. Já estou começando hoje, quando vocês me viram o dia inteiro com uma garrafinha de água. Porque vamos perder de três a quatro quilos durante a corrida só de liquido. Isso durante uma prova longa, de quase 3h30, pode dar um pouco de câimbra, algumas coisas que podem influenciar na performance”.

 

Be part of Motorsport community

Join the conversation
Artigo anterior Barrichello: "Foi legal ganhar de F-1, mas Indy pra mim começa agora"
Próximo artigo Pilotos da F-1 de olho na estreia de Barrichello na Indy 500

Top Comments

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Sign up for free

  • Get quick access to your favorite articles

  • Manage alerts on breaking news and favorite drivers

  • Make your voice heard with article commenting.

Motorsport prime

Discover premium content
Assinar

Edição

Brasil