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Além de Lorenzo, Rossi e lendas já estrelaram grandes trocas

Confira seis outros casos de pilotos campeões que trocaram de montadora na história da MotoGP

Valentino Rossi

Foto de: Gauloises Fortuna Racing

A ida de Jorge Lorenzo da Yamaha para a Ducati foi recebida com bastante euforia pelos fãs e pela mídia nesta segunda-feira. Não é para menos. Não é todo dia que um piloto consagrado por uma montadora tenta a sorte e em outra. E, muito menos, quando seu destino é uma fábrica que não ganha corridas há quase seis anos.

À parte de um contrato recheado de cerca de 10 milhões de euros por ano, Jorge Lorenzo teve muita coragem. Mas o tricampeão da MotoGP não é o primeiro campeão da história a chocar os fãs com uma mudança de equipe.

Confira outros seis casos:

1974 – Giacomo Agostini: MV Agusta x Yamaha

Giacomo Agostini
Giacomo Agostini

Foto: Dave Dyer

Sete vezes campeão de 500cc e seis de 350cc, o piloto italiano resolveu se arriscar correndo de Yamaha em 1974 depois de nove anos de parceria com a italiana MV Agusta. Mesmo antes de a temporada começar, ele já obteve o primeiro sucesso, vencendo a Daytona 200 e provando ser de fato o melhor piloto daquele momento. No mundial, ele foi campeão de 350cc em 1974, mas perdeu o título das 500cc por problemas mecânicos e acidentes. Ele consertou isso em 1975, quando conquistou pela oitava e última vez o título da categoria máxima, seu único pela Yamaha e o primeiro de uma moto dois tempos.

1980 – Barry Sheene: Suzuki x Yamaha

Barry Sheene
Barry Sheene

Foto: Sutton Motorsport Images

Bicampeão pela Suzuki nos anos de 1976 e 1977, o playboy Barry Sheene passou a ter um grande concorrente pelo título das 500cc em 1978. Um piloto de estilo de pilotagem revolucionário desembarcou na Europa ao lado de sua Yamaha amarela. Ele era Kenny Roberts, que literalmente reescreveu os livros de estatísticas sendo tricampeão em seus primeiros três anos. Insatisfeito com a Suzuki em 1979, Sheene acusou a fábrica de não lhe fornecer um equipamento à altura de sua competência e foi para a Yamaha em 1980. A mudança não se provou boa para Barry, que ganhou apenas uma corrida em três temporadas.

1989 – Eddie Lawson: Yamaha x Honda 

Eddie Lawson
Eddie Lawson

Foto: Eric Gilbert

Tricampeão pela Yamaha, Eddie Lawson chocou o mundo das duas rodas ao aceitar o desafio de domar um dos equipamentos reconhecidamente mais difíceis daquele tempo: a NSR 500 da Honda. Mas, mais difícil que isso, ele teria de derrotar os jovens e famintos Wayne Rainey na Yamaha e Kevin Schwantz na Suzuki, além de seu rival e companheiro de equipe Wayne Gardner. Em uma disputa emocionante que durou até a última prova, ele se sagrou tetracampeão no GP do Brasil em Goiânia e retornou para a Yamaha em 1990.

2004 – Valentino Rossi: Honda x Yamaha

Valentino Rossi
Valentino Rossi

Foto: Gauloises Fortuna Racing

Tricampeão da MotoGP pela Honda, Rossi achava que tinha de ser mais valorizado pela montadora. Após negociações duras com a fábrica nipônica, Valentino optou por provar que ele poderia fazer a diferença frente ao equipamento. Rossi resolver ir para a Yamaha, que no ano anterior não havia sequer ganho corridas. O 46 venceu a prova de abertura na África do Sul e se sagrou campeão frente à Honda com uma corrida de antecedência. Rossi e Lawson (citado acima) são até hoje os únicos dois pilotos a vencerem campeonatos seguidos em duas montadoras diferentes.

2011 – Casey Stoner: Ducati x Honda

Casey Stoner
Casey Stoner

Foto: Repsol Media

Campeão em 2007, o australiano vinha sofrendo mais e mais com a moto da Ducati ao longo dos anos seguintes. Em 2010, após um início de temporada desapontador marcado por acidentes e falta de performance, o piloto foi alvo de críticas da equipe e de jornalistas. Será que o tempo do ainda jovem Stoner já havia passado?  Ele respondeu a todos em alto e bom som indo para a Honda em 2011. Casey faturou o título ganhando 11 das 18 corridas.

2011 – Valentino Rossi: Yamaha x Ducati

Valentino Rossi, Ducati, at the Ducati Desmosedici GP11 presentation
Valentino Rossi na apresentação da Ducati GP11

Foto: Ducati Corse

Se Jorge Lorenzo agora sai da Yamaha em grande parte por disputar as atenções da montadora com Valentino Rossi, o “Doutor” sentia o mesmo quando tomou sua decisão de ir para a escuderia de Borgo Panigale em 2011. Exigindo status de primeiro piloto, Rossi recebeu uma resposta negativa da fábrica japonesa e se mudou para a Ducati. A parceria se revelou desastrosa, com a Ducati não conseguindo desenvolver para Valentino uma moto capaz de vencer. Com apenas três pódios e sem vitórias, Rossi voltou para a Yamaha em 2013.

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