Análise

Análise: o que Lorenzo na Ducati significa para a Yamaha

A mudança de Jorge Lorenzo para a Ducati significa que ou a Yamaha crê que Valentino Rossi ainda pode brigar pelo título ou que a popularidade do italiano é suficiente para a fabricante, analisa Oriol Puigdemont, editor de MotoGP do Motorsport.com

Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing

Foto de: Michelin Sport

Lin Jarvis, Teamprincipal Yamaha Moto GP
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing
Maverick Viñales, Team Suzuki MotoGP
Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing
Jorge Lorenzo, Movistar Yamaha MotoGP, Yamaha
Andrea Iannone, Ducati Team, Ducati and Jorge Lorenzo, Movistar Yamaha MotoGP, Yamaha
Second place Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing
Jorge Lorenzo, Yamaha Factory Racing

Antes da confirmação, na última segunda feira (18), de Jorge Lorenzo na Ducati para as próximas duas temporadas, a coletiva oficial do GP da Espanha, em Jerez, teve uma mudança de última hora: quem estará na bancada será Lin Jarvis, chefe da Yamaha na MotoGP.

É raro ver um chefe de equipe ao lado dos pilotos em uma quinta-feira, o que leva a crer que a decisão foi uma iniciativa da fabricante japonesa. O que a Yamaha parece querer é responder qualquer questão sobre a saída de Lorenzo - aparentemente, a situação de Jarvis não será tranquila.

Afinal, Jarvis terá de se justificar com a fabricante pela saída do espanhol - o atual campeão, que deu os três últimos títulos para a marca e o piloto que parece mais forte para ser o adversário de Marc Márquez na briga pelo título desta temporada.

A esta altura, a conclusão de que a Yamaha está totalmente comprometida com Valentino Rossi baseia-se em duas potenciais razões, que se complementam: ou o comando da equipe ainda vê Rossi capaz de brigar por títulos, ou decidiu apostar somente na popularidade do italiano, algo crucial nestes tempos.

O time ainda possui uma moto que, provavelmente, ainda é a mais equilibrada do grid - algo importante de se manter em mente, pois ajuda a entender a lógica do comando da equipe. Jarvis segue convencido de que qualquer piloto assinaria um contrato se isso significar colocar as mãos em uma das M1 de fábrica. Se os cálculos de Jarvis sobre custos - financeiros e esportivos - compensarão a longo prazo, é outra história.

Viñales holds all the aces

Maverick Viñales é o primeiro da lista para substituir Lorenzo, mas o catalão parece ter outras cartas na manga. Como Márquez deve permanecer na Honda, Viñales é o piloto mais cobiçado do grid no momento. Além disso, é espanhol - fator relevante, levando-se em consideração que a principal patrocinadora da Yamaha é a Movistar, empresa espanhola.

No entanto, a saída de Viñales da Suzuki não é dada como certa, não só porque ele também conversa com a Honda, mas porque ele sabe da situação crítica que a Yamaha enfrenta. E o espanhol é leal à Suzuki, onde ele se sente em casa e recebeu uma oferta generosa para permanecer além de 2016.

O time de Hamamatsu dá a ele tratamento preferencial - isso é algo a se manter em mente, especialmente se a alternativa é dividir a garagem com Rossi após o italiano 'ter se livrado' de Lorenzo.

A situação da Yamaha é curiosa, saindo de uma em que possuía dois pilotos que garantiam resultados fortes e vendas, para outra em que precisa oferecer mais do que gostaria a um piloto de 21 anos que sequer conquistou um pódio na MotoGP.

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