Na manhã de segunda-feira, o esporte acordou com a notícia de que a Liberty Media adquiriu 86% da MotoGP, por 4,2 bilhões de euros - cerca de R$ 22,7 bilhões. Com conclusão prevista para o final de 2024, o acordo fará com que a Liberty detenha a propriedade dos dois maiores campeonatos do esporte a motor, a Fórmula 1 e a MotoGP. 

Desde que comprou a F1 em 2016, a Liberty conseguiu levar a categoria a um público muito mais amplo e aumentar os lucros, em grande parte devido à expansão na América. A notícia da aquisição da MotoGP pela Liberty gerou temores entre os fãs de que a categoria poderia sofrer mudanças prejudiciais, como inserção de pistas de rua no calendário. O presidente e CEO da Liberty Media, Greg Maffei, garantiu que a empresa não tem planos de mudar fundamentalmente a MotoGP.

"Sobre a monetização versus o crescimento do apoio, acho que é uma dicotomia falsa em alguns aspectos; acho que eles andam de mãos dadas", disse Maffei quando perguntado sobre os planos da Liberty de fazer a categoria crescer contra suas próprias necessidades de ganhar dinheiro.

"O que realmente vimos na F1 foi que, à medida que aumentamos a base de fãs, sua monetização se tornou mais fácil porque os parceiros - sejam eles parceiros de transmissão, parceiros promotores ou parceiros patrocinadores, e se eles estão olhando para a marca ou ativação, e cada vez mais para a ativação - tudo é parte integrante.", explicou.

Greg Maffei, CEO, Liberty Media Corporation

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

"À medida que essa empolgação cresce, à medida que a demanda cresce, à medida que o público cresce, tudo flui junto e há uma espécie de volante positivo. E foi isso que sentimos na Fórmula 1, tudo isso veio junto. E eu gosto de acreditar que esse é o potencial aqui. Este é um produto inacreditável, não estamos planejando mudar este esporte."

"Este é um esporte fantástico, com uma grande base de fãs, que tem uma competição inacreditável e uma emoção inacreditável. Nosso objetivo é abrir isso para um público mais amplo e para um conjunto mais amplo de parceiros comerciais de todos os tipos. E acho que isso anda de mãos dadas.", revelou.

Durante a entrevista, tanto os representantes da Liberty quanto o diretor esportivo da Dorna, Carlos Ezpeleta, enfatizaram repetidamente que a MotoGP não pode ser realizada em circuitos de rua.

Isso é uma resposta aos comentários dos fãs nas mídias sociais de que a MotoGP poderia seguir o caminho que a F1 tomou nos últimos anos, já que seu calendário se expandiu para apresentar mais circuitos de rua.

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