MotoGP: Em meio a dúvidas sobre a permanência de Márquez, Honda anuncia reestruturação significativa da equipe

Demissão do chefe técnico Shinichi Kokubu, que estava na Honda há mais de três décadas, deve ser a primeira de uma série de mudanças

Honda garage

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

Em meio a uma contínua incerteza sobre a permanência de Marc Márquez, a Honda anunciou uma importante reestruturação de seu organograma técnico para a MotoGP, com a demissão do chefe técnico Shinichi Kokubu.

Kokubu era um dos principais nomes da montadora japonesa há mais de três décadas, tendo se unido à Honda em 1986 e tendo trabalho nos projetos da MotoGP e da Fórmula 1. Ele não esteve na Índia na última semana e também não estará no GP do Japão de Motegi.

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A mudança deve levar também à saída de Tetsuhiro Kuwata, que tem hoje uma função mais administrativa do que técnica.

Mas a passagem de Kokubu com a Honda na MotoGP é particularmente significativa, sendo responsável pelo chassi da RC211V, introduzida pela marca em 2003, logo no começo da era dos quatro tempos na categoria rainha.

Com esse chassi, a Honda conquistou dois títulos mundiais com Valentino Rossi e um terceiro com Nicky Hayden antes da introdução da RC212V em 2007 no início da era 800cc.

Em 2008, Kokubu foi designado líder do projeto da RC212V, sendo apontado diretor técnico em 2012 antes de assumir o papel de gerente geral das divisões técnicas e de desenvolvimento da Honda em 2016.

Shinichi Kokubu, Honda

Shinichi Kokubu, Honda

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

No geral, Kokubu é uma peça significativa no sucesso da Honda na era moderna da MotoGP, estando envolvido diretamente com as eras de Rossi, Hayden, Casey Stoner em 2011 e Marc Márquez entre 2013 e 2019.

A saída de Kokubu é significativa, especialmente por vir no meio da temporada, precisamente quando a Honda está mexendo em sua estrutura para sair da situação complicada que vive. A marca é a última no Mundial de Construtores em 123 pontos, dois a menos que a Yamaha mesmo com o dobro de motos no grid e uma vitória no ano, com Álex Rins em Austin.

A equipe oficial da montadora é ainda a última no Mundial de Equipes, atrás inclusive da satélite LCR.

Enquanto a Honda avalia opções para substituir Kokubu, o momento de sua demissão vem em meio a uma possível mudança de Márquez da HRC, equipe pela qual ele já tem contrato para 2024, para a Gresini Ducati.

Nas últimas semanas, foi apurado que Márquez havia exigido contratações técnicas da Honda, idealmente de pessoas vindas das montadoras europeias, para impulsionar o desenvolvimento da RC213V. 

Essa notícia pode ser vista como forma de persuadir Márquez, que insistiu na quinta-feira em Motegi que está "bem certo" de seus planos, a ficar ou mesmo a criar uma fundação forte para um futuro pós-Márquez.

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