As ressalvas necessárias ao novo pacote aerodinâmico da NASCAR

Novo pacote parece promissor, mas algumas ressalvas quanto ao sucesso da corrida de Kentucky precisam ser colocadas à mesa

Kyle Busch, Joe Gibbs Racing Toyota

Kyle Busch, Joe Gibbs Racing Toyota

Action Sports Photography

Ao final da etapa de Kentucky da Sprint Cup, as comemorações não ficaram reservadas apenas a Kyle Busch, sua equipe ou torcedores. Muitos pilotos, ainda dentro da pista, aprovaram o novo pacote aerodinâmico da NASCAR para os ovais de médios. Não era para menos. Foram 2.665 ultrapassagens em bandeira verde durante toda a prova, contra 1.147 do ano anterior. Foram 22 trocas de liderança, contra 19, antigo recorde de 2011.

Fazendo o papel do advogado do diabo, algumas ressalvas são necessárias para a onda otimista desde sábado. Primeiro: a referência a Kentucky. A Sprint Cup está presente na terra do KFC há apenas cinco temporadas, não tendo tempo hábil de se ter embates numéricos mais relevantes. A contagem de recordes ainda é muito jovem. Seria o mesmo caso de um torcedor de determinado time de futebol comemorar a liderança do seu clube de coração com campeonato apenas na primeira ou segunda rodada. 

Outra questão é a de que a prova do sábado ainda não contou com os pneus feitos especificamente para este novo pacote. O tempo entre o anúncio da medida e a realização da corrida era menor do que o período que a Goodyear tinha para desenvolver um composto condizente. Segundo a categoria e a fabricante, este mesmo pacote terá um pneu correspondente em Darlington, onde realmente poderemos ter uma amostra mais real do conjunto.

Alguns dados frios têm que ser ressaltados, mesmo que eles não exponham a realidade emocional da prova. Kyle Busch liderou 163, das 267 voltas, contrariando o pedido de torcedores e pilotos, contra o domínio de apenas um carro na prova. Por mais que tivéssemos grandes recuperações de Brad Keselowski e com o vai e vem de outros concorrentes, esse número isolado joga um balde de água fria nos mais afoitos.

Além disso, não pode ficar para trás o fato de que a primeira metade da corrida foi mais fraca que a parte final. Até a volta 134, tínhamos três líderes diferentes e apenas cinco mudanças na ponta, considerado muito pouco para quem deseja mais emoção na pista.

Essas são algumas ressalvas necessárias, mas que não devem tirar o otimismo de quem vê ou pilota na maior categoria do automobilismo americano. Ainda teremos mais um pacote para ovais maiores e as provas de Darlington e Richmond, com mais testes - se a chuva deixar -, e com pneus específicos. Além disso, a NASCAR deu voz aos pilotos ao conceder as mudanças na aerodinâmica ainda no meio do campeonato. Por mais ressalvas que alguém possa fazer, há uma onda positiva entre pilotos, equipes e direção em busca do ideal, o que é extremamente positivo.

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