Entrevista

Suarez lamenta passagem pela Joe Gibbs na Cup: “não era minha casa”

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com Brasil, piloto mexicano que faz parte da categoria principal da NASCAR, disse que negocia com cinco equipes para a próxima temporada

Daniel Suarez, Joe Gibbs Racing, Toyota Camry ARRIS

Nigel Kinrade / Motorsport Images

Único estrangeiro da Monster Energy NASCAR Cup Series, Daniel Suarez completou o segundo ano na Joe Gibbs Racing (JGR)com três top-5 e uma pole em 2018. O mexicano não seguirá na equipe em 2019, já que o campeão de 2017, Martin Truex Jr., foi confirmado no carro #19 e o piloto de 26 anos teve que sair em busca de um novo time.

No Brasil para participar das 500 Milhas de Kart neste domingo, Suarez falou com exclusividade ao Motorsport.com Brasil sobre os dois anos na JGR e fez mistério sobre seu destino em 2019.

“Infelizmente não tenho uma posição, mas o que posso dizer é que estaremos na NASCAR Cup em uma boa equipe. Estamos trabalhando nos últimos detalhes, mas vamos estar bem. Espero estar em posição de ganhar corridas no próximo ano.”

Sobre as especulações que estaria indo para a Stewart-Haas Racing, no lugar de Kurt Busch, que estaria de mudança para a Ganassi, ele disse: “Há muito rumores: Stewart-Haas, Ganassi, Hendrick, há muitos rumores. Estamos conversando com todos, cinco equipes, boas equipes, mas espero poder compartilhar tudo com as pessoas que seguem a NASCAR em breve. Espero que seja em dezembro, no mais tardar, em janeiro.”

Mágoas na Joe Gibbs Racing?

O programa da JGR foi aumentado de três para quatro carros, com a chegada de um novo patrocinador, comandado pelo bilionário mexicano Carlos Slim. Carl Edwards veio para a equipe em 2015, enquanto Suarez começava sua jornada no time do ex-treinador do Washington Red Skins.

Tudo ia bem, com o título da Xfinity Series em 2016, mas a partir do anúncio da aposentadoria de Edwards no final de 2016, a relação de Suarez com o time, segundo ele, mudou.

“A JGR foi muito boa para mim. Corremos juntos por quatro anos e meio. Ganhamos corridas, ganhamos um campeonato e muitas coisas boas, mas quando subimos para a Cup, as coisas não foram iguais.”

“Nunca senti que tive tudo para ganhar. Muitas mudanças de pessoas, mas nunca tive uma equipe vencedora. Me mudei do México para os Estados Unidos para ganhar, não somente para correr. A JGR é uma grande equipe, mas senti que não era minha casa, senti que não era o lugar para estar para ganhar corridas e talvez um dia, o campeonato. Havia algo dentro de mim que dizia que eu precisava de uma mudança.”

“Quando subi para a Cup foi muito rápido. A equipe não estava pensando em me colocar na Cup naquele ano (2017), mas fui porque Carl Edwards se aposentou. Foi tudo muito rápido.”

“Dois meses depois que entrei, o crew chief saiu, o car chief saiu, engenheiros saíram, muitas coisas mudaram e eu não gostei disso. Este ano novamente mudaram muitas coisas e não foram para melhor, eu não estava de acordo com todas as mudanças. Eu falava muito, sou uma pessoa muito direta no que eu vejo e no que digo.

Suarez pondera sobre a busca de igualdade de condições dentro do próprio time, mas lamenta o rumo que as coisas tomaram.

“É muito difícil, sempre haverá diferenças. Você não pode ser engenheiro de quatro carros, você tem que ser de apenas um carro. Sempre haverá diferenças, é normal. Mas tem que haver atenção com o trabalho para fazer com que a equipe melhore.”

“Não senti que em dois anos nós melhoramos, senti que pioramos. No final do primeiro ano estávamos muito melhor do que uma temporada depois. Eu, como piloto, busco sempre o melhor, e os resultados não eram melhores. Senti que era hora de mudança.”

Ficando uma posição abaixo na tabela de classificação em comparação com 2017, de 20º para 21º, Suarez falou sobre as inconstâncias do campeonato que terminou há duas semanas e da ajuda que teve com o time de Kyle Busch.

“[Em 2018] tivemos boas corridas. Terminamos em segundo em Pocono, depois de uma pole position, mas não éramos constantes. Hoje corríamos no top-5 e amanhã no top-20, era muito inconstante.”

“Trabalhamos juntos para tentar melhorar. Em um momento do ano, estávamos copiando o que Kyle Busch e sua equipe estavam fazendo e melhoramos muito. Na segunda corrida que fizemos isso, tivemos o segundo lugar em Pocono, depois de uma pole position. Corremos melhor, mas não seguimos com isso por causa que são chefes diferentes, engenheiros diferentes, muitas coisas diferentes.”

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