Obituário: Nicky Hayden, 1981-2017

Campeão da MotoGP em 2006, Nicky Hayden morreu de maneira trágica aos 35 anos de idade.

Nicky Hayden, Repsol Honda Team

Nicky Hayden, Repsol Honda Team

Gold and Goose / Motorsport Images

Nicky Hayden, Ducati Team
Nicky Hayden, Repsol Honda Team
Nicky Hayden, Repsol Honda Team
Marc Marquez, Repsol Honda Team, Nicky Hayden, Repsol Honda Team
Nicky Hayden and Marc Marquez, Repsol
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team
Nicky Hayden, Honda World Superbike Team

Andar e competir de motocicleta eram paixões de longa data para Nicky Hayden. Nascido em Owensboro, Kentucky (EUA), em 1981, filho de Earl e Rose Hayden – ambos pilotos em competições de terra –, o piloto subiu em uma moto pela primeira vez aos três anos. Quando completou cinco, ele começou a correr contra seus irmãos, Tommy e Roger Lee Hayden, em uma pista caseira na propriedade da família.

Hayden rapidamente se mudou para as competições de minimotos, e, depois, para as 125cc. Em seguida, o americano subiu no cenário do motociclismo, até começar a bater na porta da AMA (Associação Americana de Motociclismo).

Quando completou 16 anos, em 1997, ele se tornou profissional e começou a correr em uma moto satélite nas classes Supersport 750 e 600 nos Estados Unidos.

Ao se mudar a uma equipe satélite da Suzuki na temporada seguinte, Hayden conseguiu vencer suas primeiras provas em ambas as categorias, o que o fez ser sondado pela Honda para um contrato de fábrica para 1999. Ele se tornou o campeão mais jovem da AMA 600 Supersport e subiu para a AMA Superbikes, com uma moto de fábrica, em 2000.

Depois de terminar em segundo em 2000 e em terceiro no ano seguinte, o ano de virada para Hayden foi 2002. Ele se tornou o campeão mais jovem da AMA Superbikes, além de vencer a prestigiosa Daytona 200 e andar próximo aos pilotos de ponta do Mundial de Superbikes em uma participação como convidado em Laguna Seca.

Dali em diante, ele foi colocado na elite mundial ao ser escolhido como companheiro de equipe de Valentino Rossi na Repsol Honda, na MotoGP. Em 2003, ele recebeu o prêmio de “Novato do Ano” graças aos pódios que conquistou, sendo que uma fratura na clavícula atrapalhou seu progresso em 2004 – apesar de ter andado próximo de seu novo companheiro de equipe, Alexandre Barros, que se juntou à Honda para substituir Rossi, que havia se mudado para a Yamaha.

Hayden se recuperou em 2005, quando conquistou sua primeira vitória na MotoGP em grande estilo em Laguna Seca, diante de sua torcida. Aquela corrida nos Estados Unidos serviu como mote para o filme do cineasta Mark Neale, “O Doutor, O Tornado e o Garoto de Kentucky”.

Em 2006, Hayden se tornou Campeão Mundial. Sua grande vantagem foi a consistência, já que venceu apenas por duas vezes, em Assen e Laguna Seca – menos que seus rivais pelo título, Rossi (5), Loris Capirossi (3) e Marco Melandri (3). No entanto, Hayden acumulou grande quantidade de pontos ao obter nove pódios nas 11 primeiras corridas.

Contudo, as coisas ficaram complicadas na penúltima prova, no Estoril, quando Hayden foi tirado da prova por Dani Pedrosa, seu companheiro de equipe. Isso fez com que o piloto precisasse recuperar uma desvantagem de oito pontos na decisão, em Valência, o que ele conseguiu de maneira memorável – graças a um terceiro lugar e a uma queda de Rossi.

A mudança para as motos de 800cc em 2007 não casaram bem com o estilo de Hayden, e ele caiu para oitavo nos pontos em um equipamento que combinou melhor com Pedrosa. Em 2008, fechou em sexto graças aos pódios em Indianápolis e Phillip Island; em 2009, foi 13º em sua mudança à Ducati.

A segunda temporada de Hayden na Ducati o viu andar mais próximo da ponta, incluindo um pódio em Aragón e o sétimo lugar nos pontos. Ele voltou a ser parceiro de Rossi em 2011, quando terminou em oitavo, com um único pódio, em Jerez.

Em 2012, Hayden terminou em nono nos pontos depois de perder algumas corridas por lesão, antes de terminar sua passagem pela Ducati com novamente um nono lugar na tabela, com um quinto posto como melhor resultado.

Ele voltou à Honda em 2014, apesar de que, desta vez, seria em uma equipe satélite, com a Aspar – um oitavo lugar no Catar foi seu melhor nas duas temporadas na equipe. Em 2015, durante entrevista emotiva no circuito de Motegi, ele anunciou que daria um tempo em sua carreira na MotoGP para correr nas Superbikes, com a Honda.

A mudança o fez voltar a vencer, já que Hayden conquistou uma vitória tensa sob chuva na Malásia – ele terminaria em quinto nos pontos. Ele também teve participações isoladas na MotoGP em 2016, quando substituiu os lesionados Jack Miller na Marc VDS em Aragón, e, depois, guiando pela última vez pela Repsol Honda em Phillip Island no lugar de Pedrosa, que havia machucado a clavícula.

Equipado com um novo equipamento em 2017, Hayden havia estabelecido para si a meta de se tornar o primeiro piloto a vencer títulos na MotoGP e no Mundial de Superbikes. Contudo, sua campanha começou devagar, já que a moto ainda não contava com a quilometragem necessária em testes. Depois de cinco rodadas, ele estava em 13º nos pontos, com um sétimo lugar na Tailândia como melhor resultado.

Depois de uma vida marcada pela paixão e o perigo nas corridas de moto, foi um acidente de bicicleta que tirou a vida do Kentucky Kid. Atingido por um carro quando pedalava na Itália, dias após a etapa de Ímola do Mundial de Superbikes, Hayden não resistiu às lesões e faleceu nesta segunda-feira (22).

O Motosport.com gostaria de oferecer todas as condolências aos familiares, amigos e fãs de Hayden espalhados pelo mundo do esporte a motor.

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