Dovizioso está surpreso por acordo de quatro anos entre Márquez e Honda
O piloto da Ducati admitiu que ele não esperava um comprometimento tão grande do hexacampeão com a Honda
Foto de: Srinivasa Krishnan
Em fevereiro, a Honda surpreendeu o paddock da MotoGP quando anunciou que havia fechado uma renovação de contrato com Marc Márquez, garantindo o hexacampeão com a equipe japonesa por mais quatro anos, com rumores de que o acordo teria valido cerca de 570 milhões de reais.
Andrea Dovizioso, que está em seu último ano de contrato com a Ducati, admitiu sua surpresa com o anúncio, em uma entrevista com a Sky Itália.
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"Fiquei muito surpreso com o contrato de quatro anos com a Honda", ele respondeu quando perguntado sobre o assunto. "Achei que aconteceria o oposto. Mas, por trás dessas importantes decisões, há coisas que não sabemos".
"Eu achei que ele trocaria de montadora, mas certamente ele teve suas motivações e muitos pensamentos sobre o que ele conseguiu fazer até aqui".
A mudança brusca no mercado de pilotos de 2021 no início do ano, deixou a Ducati com opções limitadas, após suas preferências, Maverick Viñales e Fabio Quartararo terem assinado com a Yamaha, enquanto a Suzuki deve manter Joan Mir e Álex Rins.
A temporada 2020 da MotoGP está atualmente em um hiato indefinido devido à pandemia do coronavírus, com as seis primeiras etapas canceladas ou adiadas até o momento.
Dovizioso venceu as duas últimas etapas de abertura do campeonato no Catar, e havia a expectativa de que poderia lutar pela vitória novamente esse ano se a corrida tivesse ido em frente.
"No Catar, na minha opinião, tínhamos a capacidade de lutar pela vitória", ele disse. "Mas se ouvirmos as entrevistas dos outros pilotos, poderíamos ter seis ou sete vencedores. Muitos se sentiram bem, mas no final, como sabemos, só a corrida que vale e como que você trabalha para ela".
"Nós teríamos sido competitivos, mas não sei quanto. São os pequenos detalhes que fazem a diferença. Trabalhamos bem, mas com apenas dois testes de pré-temporada, não fazemos muito trabalho".
"Você chega depois de dois meses longe e o primeiro teste na Malásia aconteceu com condições duras. É quente, pode chover, você não tem a energia para tirar todo o necessário em três dias. Há muitas coisas para testar no momento certo, para entender qual direção seguir".
"Catar também não é uma pista excelente para tomar decisões sobre novo material", concluiu.
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