Análise

F1: Entenda por que asa da Mercedes no Bahrein mascara dúvidas sobre condição real do motor

Performance ruim das equipes clientes e baixa velocidade máxima alcançada deixam dúvidas sobre o motor da montadora alemã, que dominou a F1 em anos anteriores

Lewis Hamilton, Mercedes W13

Foto de: Erik Junius

A Mercedes acredita que a asa traseira usada no GP do Bahrein do último final de semana, com muita geração de downforce, torna difícil de julgar se sua nova unidade de potência está atrás em comparação com as rivais da Fórmula 1.

A montadora teve um fim de semana difícil no Sakhir, com o W13 não conseguindo bater de frente com a Ferrari e a Red Bull. Mas além de sofrer para acompanhar as rivais nas curvas de alta, a Mercedes também se viu em uma posição baixa na tabela de maiores velocidades alcançadas.

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E com todos os carros clientes da Mercedes terminando nas seis últimas posições, surgiram questionamentos sobre a possibilidade de Ferrari e Honda terem ultrapassado a montadora em termos de potência dos motores.

Questionado pelo Motorsport.com sobre onde ele acha que o motor da Mercedes estaria no ranking de 2022, Toto Wolff disse achar que é cedo demais para fazer um julgamento firme, devido à configuração de asa usada na corrida.

"Precisamos analisar o nível de arrasto antes de um julgamento. Não acho que há grandes diferenças entre os motores, mas claramente a Ferrari deu um grande passo adiante. No ano passado, eles não eram tão competitivos, e se você olhar apenas para o Bahrein, parece que eles superaram todos".

As primeiras imagens já mostraram que a Mercedes levou para a Arábia Saudita uma versão revisada da asa traseira, cortando a parte superior para reduzir os níveis de arrasto. E ter configurações similares à Ferrari e Red Bull devem pelo menos oferecer uma visão melhor sobre os motores.

Refletindo sobre a solução de máximo downforce usada no Bahrein, Wolff já afirmava que a Mercedes teria uma versão diferente para Jeddah: "É mais fácil reduzir o arrasto porque você simplesmente pega uma serra elétrica e corta uma parte da asa traseira. É isso que faremos para Jeddah".

As soluções técnicas da Mercedes para o Bahrein

Por Matt Somerfield e Giorgio Piola

Ferrari F1-75 side pods
Red Bull Racing RB18 sidepods detail

Quando consideramos os problemas de arrasto, pode ser fácil apontar para o conceito da Mercedes para o sidepod, especialmente se compararmos com as soluções da Red Bull e da Ferrari.

As soluções das rivais parecem empurrar o fluxo gerado pelo pneu dianteiro de forma diferente, enquanto a presença da carenagem do sidepod na parte central do carro terá um impacto no fluxo recebido pelo pneu traseiro.

No entanto, a Williams esteve melhor em termos de velocidade máxima alcançada em comparação com a Mercedes apesar de ter também um sidepod pequeno, embora não tão estreito, então o problema não parece ser tão simples.

Williams FW44 race configuration

Williams FW44 race configuration

Photo by: Giorgio Piola

Indo para além do sidepod, o foco da Mercedes no Bahrein ficou no assoalho e na tentativa de resolver o porpoising, com as faixas do túnel interno sendo aparados no GP, assim como no último dia de testes

A equipe também experimentou com diferentes especificações do assoalho, com uma nova variação sendo usada nos treinos livres de sexta-feira no carro de Hamilton. Mas a solução foi abandonada novamente, com a equipe focando em ajustar o carro ao redor da opção mais conhecida.

Mercedes W13 floor comparison

Mercedes W13 floor comparison

Photo by: Giorgio Piola

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